Por Arq. Audrey Dias
Como especialista em fachadas de vidro e esquadrias, a Aluparts faz questão de oferecer aos clientes o melhor conteúdo técnico. No artigo de hoje, você vai aprender sobre estresse térmico nos vidros aplicados em fachadas e o quanto a variação de temperatura pode levar à ruptura do material.
A evolução tecnológica empregada na fabricação dos vidros vem garantindo uma enorme gama de cores e acabamentos. Com isso, a fachada dos edifícios tem sido enriquecida com novas versões do material, sem perder o conforto térmico e a transparência luminosa.
Mas vale lembrar que as modernas fachadas envidraçadas estão totalmente expostas à incidência do sol, ventos e chuvas. A questão da absorção de calor pelo vidro deve merecer atenção especial no projeto. E essa absorção varia conforme a cor e o acabamento: é sempre maior no vidro colorido e menor no vidro incolor.
O projeto ideal utiliza um vidro com capacidade para refletir alta porcentagem de energia solar, absorvendo o mínimo possível de calor, evitando assim o aquecimento do ambiente interno. O ideal é que fator solar (FS) seja inferior a 40% e que a absorção de calor (ABS) não ultrapasse 60%.
Principais fatores que envolvem o “estresse térmico”
Fatores Externos:
- localização do edifício;
- direção da fachada em relação ao sol;
- incidência de sombras localizada;
- posição dos vidros (vertical, horizontal e inclinado).
Fatores Internos:
- ar condicionado incidindo sobre os vidros;
- persianas com ou sem ventilação.
Sistema de esquadria:
- tipo de material: alumínio, madeira ou PVC;
- formato;
- cor (cores escuras aquecem mais);
- tipo de envidraçamento;
- fachada plana ou curva.
Especificidades do vidro:
- com alta absorção de calor ou reflexão;
- dimensão, área e espessura;
- acabamento das bordas;
- irregularidades (lascado ou com microfissuras);
- sistema de manuseio, levando em conta a fragilidade do material;
- não-conformidade em relação às normas de envidraçamento (ABNT NBR 7199, por exemplo).
Comportamento do vidro sob “stress térmico”
Por estresse térmico entende-se as tensões criadas no vidro a partir das diferenças de temperatura em °C, verificadas em regiões distintas do mesmo vidro.
O esforço gerado pela absorção de energia pode ser determinado pela seguinte fórmula, onde:
T = Tensão Admissível
E = Módulo de Elasticidade (Young)
C = Coeficiente de Contração (Poisson)
∆t = Variação de Temperatura
Exemplo Numérico
Qual o valor da tensão de ruptura verificada em um vidro submetido ao efeito da temperatura diferenciada relativamente a 30 °C?
Pelo exemplo acima, descobrimos que o limite de variação da temperatura no vidro deve ser de no máximo 30 °C. Uma temperatura diferenciada acima de 30 °C pode provocar choque térmico, seguido de ruptura do vidro.
É recomendado que vidros com coeficiente de absorção solar abaixo de 60% sejam especificados.
Referências Bibliográficas
- SAINT GOBAIN – MANUALE TÉCNICO DEL VETRO
- GLAVERBEL – GLASS AND ARCHITETURE
- ABNT NBR 7199 – ENVIDRAÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
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