Para cada projeto, uma fachada em alumínio ideal

Por Arq. Audrey Dias

Diz a sabedoria popular que cada tampa tem a sua panela… Pois fique sabendo que, na construção civil, cada fachada merece a sua esquadria em alumínio ideal. Confira quais são os diferentes tipos de fachada em alumínio ao longo deste artigo!

Conheça os principais tipos de fachada em alumínio

Fachada Unitizada

É a junção de módulos completos (formados por colunas, travessas, vidros, ACM ou granito) que se encaixam entre si por meio de perfis, do tipo macho e fêmea, e através de ancoragens telescópicas nas estruturas da edificação.

A montagem desses módulos pode ocorrer dentro da fábrica ou até mesmo no canteiro de obra. Os módulos possuem a altura do pé direito do pavimento, o que permite o fechamento de grandes vãos.

O diferencial em relação aos demais sistemas é que não há necessidade do uso de balancim, pois a fixação dos painéis é feita com o operário no lado interno da edificação.

Fachadas com vidro estrutural

É quando se tem toda a parte estrutural do fechamento também composta de vidro que, neste caso, deverá ser sempre laminado de temperados, com PVB estrutural. São os queridinhos dos arquitetos, pois representam a combinação perfeita de beleza e sofisticação, difícil dar errado!

Neste sistema, é fundamental a consultoria de um especialista. Isso porque precisam ser previstos e calculados todos os esforços e a resistência mecânica exigidos pelo conjunto.

Fachadas stick glazing

Os vidros são colados quimicamente (por meio de fita VHB estrutural ou silicone estrutural) sobre os perfis de alumínio internos, deixando a fachada com poucos elementos aparentes.

Nesse sistema, largamente utilizado, as colunas e travessas são fixadas na edificação por meio de ancoragens. Depois, elas recebem os quadros com os vidros colados.

A fachada é toda montada externamente. Para isso, é preciso o balancim elétrico em todas as fases do processo.

Fachada em alumínio composto

Quando o arquiteto deseja aliar textura, modernidade e funcionalidade em uma fachada, certamente escolhe o alumínio composto (ACM) para o projeto.

Material leve, pode ser dobrado ou calandrado, está presente em grande parte das obras, especialmente as que passaram por um processo de Retrofit de Fachada.

Muitos empreendimentos antigos, que adotaram em suas fachadas materiais versáteis como o ACM, chegam a competir em pé de igualdade com novos empreendimentos.

Na hora de especificar os revestimentos em ACM, é levado em consideração as particularidades do material, os tipos de fixação, o dimensionamento das juntas de dilatação, o acabamento das bordas e, principalmente, o atendimento às Normas Técnicas.

Pode ser instalado sobre diversos substratos, como alvenaria ou concreto, sempre aliado ao uso de uma estrutura auxiliar e a ancoragens definidas segundo as particularidades de cada projeto.

É imprescindível o estudo da modulação dos painéis para que o uso das chapas de ACM seja otimizado. Só assim é possível evitar o desperdício de material e gerar maior economia para o cliente. Vale lembrar que cada projeto e aplicação requer espessura adequada:

  • Chapas de alumínio composto (ACM) com espessura de 3mm e lâminas de 0,3mm: Indicada para revestimentos internos, comunicação visual, mobiliários e decoração
  • Chapas de alumínio composto (ACM) com espessura de 4mm com lâminas de 0,5mm: Indicada para revestimento de fachadas de edifícios comerciais, corporativos, coberturas, shopping center, hospitais etc.

Na hora de resistir aos ventos e reduzir a deflexão dos painéis, é preciso usar reforços internos, chamados de Stiffeners. São elementos de enrijecimento para atender aos esforços de pressão. Painéis com área acima de 1,50 m² e com medidas superiores a 1,50 m exigem reforço interno a cada 50 cm.

Quando contar com uma consultoria de projetos?

A consultoria costuma ser chamada para definir a resistência mecânica dos painéis, especialmente em relação à ação dos ventos. São necessários cálculos específicos que levem em conta a localização e a dimensão da obra, além das características climáticas e geográficas (ventos, chuvas e edificações vizinhas).

Já em relação aos acabamentos, as chapas podem receber recursos autolimpantes ou antichamas (FR – baixa combustão e emissão de gases), sempre respeitando a interface com outros materiais da fachada.

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Em nosso blog você encontra mais artigos como este. Já falamos sobre manutenção preventiva de esquadrias, ação do vento em fachadas e esquadrias de alumínio e muito mais. Confira!